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Cantinho do Mestre - Espaço de homenagens aos mestres, conguistas e festeiros - Associação das Bandas de Congo da Serra

Cantinho do Mestre - Espaço de homenagens aos mestres, conguistas e festeiros

Já tinha se passado um mês que o Mastro de São Benedito estava de pé em frente a Igreja de nossa Senhora da Conceição na Serra Sede, quando mais uma das benção do padroeiro se deu. No dia 26 de janeiro de 1923, nesta mesma localidade, em uma casa próxima do local onde está situada a sede da administração municipal hoje, nasceu Antônio de Pádua Machado, filho de João Rosa Machado e de Inácia Queiroz. Nasceria nesse momento um homem importantíssimo para cultura popular serrana, capixaba e brasileira. Antônio pertencia a uma família que tinha o Congo no sangue e durante muito tempo organizou os festejos da Serra Sede. Seu pai, a quem sempre acompanhava, foi conterrâneo do Mestre Zé Maria da Banda de Congo de Putiri (um lugarejo da área rural da Serra), que foi um dos principais responsáveis pela transferência da festa de São Benedito desta localidade para a Serra Sede. Essa permanência ao lado do pai, velho festeiro da cidade, faria seu nome mudar de Antônio de Pádua Machado para “Antônio João Rosa”, tendo seu primeiro nome “Antônio”, misturado com o nome do seu pai “João Rosa”.

Todos os conheciam com a denominação de Antônio de João Rosa, fazendo referência de quem era filho, como era, e é de costume do povo da Serra Sede. Então, com o tempo reduzindo ainda mais seu nome, as pessoas abandonaram o “de” e o chamariam com o nome que ficou conhecido: Antônio João Rosa. Quando a partir da década de 40, começava ainda na juventude, a se envolver com o congo e com as festas do município, onde seria conhecido como: “seu Antônio Rosa”, “seu Antônio Festeiro”, e por fim como ficaria famoso em todo Espírito Santo, o “ Mestre Antônio Rosa”. Mestre Antônio Rosa, teve uma vida muito movimentada, mudando de moradia várias vezes até chegar a casa da Rua Eurico Aguiar Salles, no Bairro São Domingos, onde moraria até sua morte em 03 de agosto de 1999, com sua esposa Dona Ilohyl Vieira Machado, a conhecida Dona “Lolinha”. Este casamento durou mais de 50 anos e gerou nove filhos. Além das atividades como “festeiro”, ele atuou em muitos outros locais: foi Combatente do Exército Brasileiro, foi funcionário da Prefeitura por 45 anos, foi um caloroso cabo eleitoral, dentre muitas outras atividades. Todo esse dinamismo levou Mestre Antônio Rosa ser conhecido em muitos locais da Serra.

A importância maior do Mestre começa na década de 80, quando ele percebendo que o Congo tendia a desaparecer começou a tomar medidas que protegessem esta manifestação que tempos depois se tornaria o símbolo do Espírito Santo. Primeiro, ele elaborou uma oficina de instrumentos para formar novas Bandas de Congo e reformar as já existentes. Isso geraria o surgimento de muitas bandas na Serra. Outro marco importante foi a criação da Associação das Bandas de Congo da Serra – ABC – em 1986, sendo seu presidente durante muito tempo. Isso organizou os congueiros em uma instituição para reivindicar os seus direitos junto ao poder público e a sociedade.

Em meados de 2001, a ABC atravessava um momento bastante importante com a presidência de sua filha Terezinha Pimentel, que além do CONVÊNIO com a Prefeitura Municipal da Serra, que estabeleceu uma ajuda financeira direta para as Bandas de Congo, também lançou um grande sonho de Mestre Antônio Rosa: a criação de um CD com a participação de todas as Bandas de Congo da Serra. Durante a sua “administração” nos festejos da Serra sede, nosso Mestre tinha muitas atividades: cuidava de ajudar muitas bandas de congo, ajudava aos fiéis a puxar o Navio Palermo com o Mastro de São Benedito, mas ele sempre passou por muitas dificuldades. Por exemplo, existe uma história de que as Bandas não tinham nem vestidos para as dançarinas, e para suprir essa necessidade, ele ia a Vitória para comprar vestidos de noiva usados. Segundo sátira carinhosa do povo, elas eram as “Noivas de Antônio Rosa”. Atualmente, quando ligamos o rádio, a TV, ou quando observamos a mídia, a indústria cultural e o poder público, falando e reconhecendo a importância do Congo para o Espírito Santo, muito se deve a homens incansáveis e amantes da cultura como Mestre Antônio Rosa.

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